quarta-feira, 24 de abril de 2013

Coisas de Almada e de Gente Que Viveu e Vive Almada

 
 
Anúncio à loja de electrodomésticos  e material electrónico "TOCAPIANO" , que foi referência no final da década de 70 e anos 80 em Almada, na comercialização destes produtos antes das grandes superfícies comerciais tomarem conta deste negócio.
A "TOCAPIANO" teve lojas na Rua de Olivença, (onde antes funcionou a ElectroGlobo), na Avenida D. Afonso Henriques ( no prédio a seguir ao Café Central) e na Rua José Fontana, esta a maior loja - a referenciada no anúncio acima.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Gente de Almada, Gente Que Viveu Almada

Jorge Quaresma, anarquista, natural de Setúbal, residia em Almada. Seu pai, José Quaresma, também anarquista, era barbeiro em Setúbal e a sua barbearia foi local de encontro e  conspiração (secreta) de muitos anarquistas.
Jorge Quaresma fixou-se em Almada mas trabalhava em Lisboa. Era empregado de escritório numa companhia de seguros.
Frequentava o Café Central de Almada, onde se reunia e encontrava com outros anarquistas, nomeadamente José Correia Pires, José Brito (o "Velho Brito"), Sebastião de Almeida e Jaime Rebelo.
Quem frequentava com regularidade o Café Central nos anos 70 recorda-se certamente deste cidadão.
Pessoa muito sociável, após  Abril de 1974 foi um incansável divulgador dos ideais anarquistas junto de muitos frequentadores do Café Central, quando já funcionava na Rua Cândido dos Reis em Cacilhas, o Centro de Cultura Libertária.
Jorge Quaresma é citado por Edgar Rodrigues em seus livros sobre a História do anarcosindicalismo em Portugal.

domingo, 7 de abril de 2013

Gente de Almada, Gente Que Vive Almada

O Sr. Carlos Alberto Pinto Durão, almadense de raiz, embora tenha nascido em Lisboa (os pais viviam em Cacilhas), com os seus 83 anos é um cidadão que viveu e vive Almada,  falando-nos com  naturalidade rara de muitos aspectos, acontecimentos e conhecimentos do  seu passado vivido nesta terra e de gentes que aqui residiram, viveram, trabalharam e contribuiram para o crescimento e desenvolvimento da sua terra.
Os anos vividos, os acontecimentos passados, as relações pessoais e amizades que cultivou e o seu conhecimento de muitas das vivências, estão  presentes em si de tão viva memória que, quando se conversa com  o Sr. Carlos Durão aprende-se sempre algo mais  de Almada, que nunca encontraríamos nas páginas de um livro.
Iniciou a actividade laboral, quando tinha 17 anos, trabalhando com o avô materno, o Sr. José Pinto Gonçalves na empresa deste, José Pinto Gonçalves Lda, -  Armazém de Mercearias, Cereais, Legumes, Azeites e Vinhos e também agente dos cimentos Secil e distribuidor da Central de Cervejas - armazém cujas últimas instalações, foram na Av. D. Afonso Henriques nº 15 em Almada, desde Agosto de 1950 até ao encerramento em 1975.
Após a morte do avô, em 10 de Outubro de 1956, assumiu a gerência da empresa até 1961. Sai, ficando  na firma unicamente como sócio, continuando  todavia a assegurar  a representação da Unicervi, Lda. - Comércio e Representações, Lda.
No início da década de 60 adquire com a esposa as quotas da firma Mendes e Pinto, Lda, em Cacilhas, loja de comes e bebes, de que seu avô era sócio e abre depois aí a Cervejaria Farol, casa sobejamente conhecida e movimentada que mantém até 18 de Dezembro de 1974, vendendo então as quotas. Esta cervejaria que granjeou notoriedade desde seus primórdios, ainda existe no local, sendo uma casa de referência, no género, em Cacilhas.
Em Janeiro de 1975 ocupa-se em exclusivo como gerente da Unicervi, Lda,  com sede em Palmela,  situação que mantém até  aos 65 anos de idade, quando se reforma.
Paralelamente  à actividade   profissional e comercial dedicou-se e dedica-se ainda a actividades sócio-comunitárias. Foi mesário da Santa Casa da Misericórdia de Almada, elemento dos corpos directivos do Ginásio Clube do Sul durante 10 anos, do qual é sócio há mais de 67 anos,  da Sociedade Cultural de Artes e Letras de Almada - SCALA, de que é presentemente membro do Conselho Fiscal, depois de ter sido Tesoureiro durante alguns anos.
É sócio fundador  da Associação de Cidadania de Cacilhas - O Farol.
 
O avô paterno do Sr. Carlos Durão,  Jerónimo Rodrigues Durão, dono de várias embarcações no rio Tejo esteve ligado a actividades de transporte de mercadorias entre navios ancorados no rio e  margens e, de passageiros entre as duas margens do Tejo. Os cacilheiros "Renovação", "Recordação",  "Nacional"  e "Renascer" eram propriedade da famíla Durão (Jerónimo Durão & Filhos, Lda e depois,  Jerónimo Rodrigues Durão, Herd., Lda).
 
É frequente encontrarmos o Sr. Carlos Durão na Praça da Renovação em tertúlia de amigos, onde anos atrás também pontificavam: António Calado, Arménio Reis, Fernando Coelho, Francisco Bastos, Henrique Mota, Jaime Feio, Ludgero Braz, Manuel Machaqueiro e Miguel Cantinho, entre outros.
 
Cidadão  respeitado por todos, de raras qualidades pessoais e humanas, de relações cordiais, grande conhecedor de Almada e do concelho, aberto ao diálogo, tem dado um contributo valioso através do seu trabalho, conhecimentos e dedicação, para a dignificação de Almada e registo histórico de ocorrências, episódios, pessoas e vida da sua terra.


A fotografia é de Luís Filipe Bayó Veiga, a quem agradecemos a colaboração.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Coisas de Almada e da Gente Que Viveu e Vive Almada

A Praça da Renovação na segunda metade dos anos 50 do séc. XX, já com o acesso ao Externato Frei Luís de Sousa construído (à direita na foto).
À esquerda vemos um autocarro provavelmente parado, na paragem então aí existente, frente ao local onde existiu  "A Calhandra"- cervejaria, snack-bar, mariscos.
No centro da rotunda está um candeeiro alto de iluminação pública, que substituiu o poste de madeira inicialmente aí colocado que servia de suporte a fios. Havia quem designasse este candeeiro por "pimenteiro".
Ainda à direita na foto vê-se parcialmente a esplanada do Café Central, inaugurado em Junho de 1956 e por cima da esplanada é visível o anúncio da Escola de Condução " A Automobilista Almadense".
Também é possível visionar na foto à direita, no passeio, o marco cilíndrico  do correio que durante muitos anos aí existiu, onde os almadenses habitualmente colocavam a correspondência a ser expedidas. Havia várias tiragens ao longo do dia.
Nesta foto, o oculista Manolo, (actualmente Foto-Óptica Ore, Lda) já tem o anúncio exterior luminoso "OCULISTA" com o esquema  de uns óculos ao lado.
Como curiosidade, repare-se que ainda não havia candeeiros de iluminação pública em redor da Praça.