domingo, 3 de setembro de 2017

Coisas de Almada - A desagregação

Nada há a fazer por Almada. Almada está entregue aos mesmos de sempre, que sempre destruíram Almada e o  concelho e assim vai continuar face ao espectro  e cardápio político apresentado à população para as próximas autárquicas.

Almada vai continuar, como tem estado, entregue àqueles que sabem tudo, que não gostam de opiniões, sugestões ou críticas, àqueles que se dizem padrões em tudo, nos bons costumes, nas virtudes, habilidades e saber fazer, que se dizem de superioridade moral para a população - os ditos comunistas...mas que destruíram esta boa terra que tem uma situação geográfica invejável frente a Lisboa com o Tejo a seus pés e que tinha, embora ainda tenha alguma, mais valia.
O PS continua militantemente a abandonar Almada,  a desprezar os almadenses, a ignorar o sentir da população eleitora almadense. É coerente e talvez tenha as suas razões, que não são as de Almada, nem da população, nem dos almadenses que aqui vivem. Provavelmente coloca o concelho de Almada e a sua população no altar do sacrifício para outras jogadas. Faz de Almada, na circunstância, aquilo que no Brasil os grandes fazendeiros designam por "boi piranha". Naturalmente os eleitores saberão avaliar e reconhecer  o interesse do PS por Almada.
O PSD chega já tarde com a candidatura de Nuno Matias.
O CDS-PP perdeu o interesse dos tempos de Fernando Pena, um cidadão que sempre defendeu Almada e o concelho contra tudo e todos, apesar da violência verbal dos inimigos da Democracia com que foi frequentemente agredido em Assembleias Municipais.
O BE chegou a ser um aliado de peso da força dominante na  autarquia - 2009 a 2013 -, (esperava-se outra coisa) quando então teve um vereador que se encostava e votava com o PCP/CDU para fazer a necessária maioria que a estes faltava. Daqui, nada de novo se poderá esperar.
E, não é necessário dizer muito mais.
Pouca gente existe em Almada e natural de Almada que se interesse por esta cidade  e o concelho. Face ao panorama, podemos dizer que Almada e o concelho vão continuar, usando uma expressão muito popular, "entregues à bicharada".
A destruição vai continuar.
O lixo nas ruas vai continuar.
A propaganda ilusória vai continuar.
A degradação dos edifícios vai continuar com a grafitagem a que a CMA não quer pôr termo.
As pessoas vão continuar a fugir de Almada.
O comércio local vai continuar a fechar.
O comboio da MTS  vai continuar a atormentar as pessoas e a alimentar-se do dinheiro dos contribuintes.
As ruas vão continuar desertas.
Almada vai continuar a envelhecer,  a ser uma vila, não cidade, sobretudo de idosos.

As zonas verdes vão continuar sem serem cuidadas.

A Costa da Caparica vai continuar a ser um não polo turístico de qualidade.
Almada vai continuar  a ser aquilo que já é...aquele subúrbio de Lisboa, uma cidade moribunda, sem vida natural  atractiva capaz de congregar  pessoas, onde as pessoas não vivem o espaço público.
A derrocada de Almada iniciada anos atrás com complacências de PS e PSD vai infelizmente continuar para mal deste concelho, da maioria da população (que não vota nestes administradores) e dos almadenses.
Vamos provavelmente ter, como tem sido nos últimos anos, um "novo"/arcaico elenco autárquico, eleito com um número de votos  que representa cerca de 20% dos eleitores inscritos...isto é a triste e adulterada democracia em que vivemos a serviço partidário.
Almada está abandonada pelos partidos políticos do actual espectro politiqueiro.
Dizem que esta coisa é uma democracia. Realmente pode ser uma democracia ( com d pequeno) ou uma versão adulterada de Democracia, mas não é  DEMOCRACIA, nem a DEMOCRACIA para servir os cidadãos. 
Esta democracia vigente serve  quem se serve do voto do povo para o explorar. Será talvez uma versão "suave" de outra coisa qualquer que nada tem a ver com DEMOCRACIA ....mas possivelmente com um sistema político de interesse de alguns para explorar as pessoas... .
Será uma ditadura democrática que se serve do voto do povo para legitimar uma fórmula de exploração oculta, com benefícios de ou para mais ou menos desconhecidos?
Face ao panorama, nem o Cristo - Rei, desde Maio de 1959 de braços abertos no Pragal, sabe o que possa fazer por Almada e pelo concelho.

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